domingo, 17 de junho de 2012

UNIÃO DA ALMA E DO CORPO. ABORTOS.


UNIÃO DA ALMA E DO CORPO. ABORTOS.
 Estudo com base in O Livro dos Espíritos, Livro Segundo, qq. de 344 à 360.
Obra codificada por Allan Kardec
(Outras obras citadas no texto)
Pesquisa: Elio Mollo


A união da alma ao corpo começa na concepção, mas não se completa senão no instante do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem a luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus.

A união entre o Espírito e o corpo é definitiva, no sentido em que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo, mas, como os laços que o prendem são muito frágeis, fáceis, de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga.

Se acontecer de o corpo que o Espírito escolheu morrer antes de ele nascer, ele provavelmente escolherá outro.

As imperfeições da matéria, na maioria da vezes, são as causas das mortes prematuras.

A importância da morte prematura, ou pouco tempo após a encarnação é quase nula para o Espírito, pois o ser ainda não tem consciência de sua existência; freqüentemente, trata-se de uma prova para os pais.

O Espírito, algumas vezes, sabe com antecedência, que o corpo que escolheu não tem possibilidade de viver; mas, se o escolheu por esse motivo, é que recua ante a prova.

Quando falha uma encarnação para o Espírito, por uma causa qualquer, ele nem sempre é suprida imediatamente por outra existência; o Espírito necessita de tempo para escolher de novo, a menos que a reencarnação instantânea decorra de uma determinação anterior.

O Espírito, uma vez encarnado, não pode lamentar uma escolha de que não tem consciência, mas pode achar muito pesada a carga. E, se a considera acima de suas forças, é então que recorre ao suicídio.

Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertido assim de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos o de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo. À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida. Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito.

No instante do nascimento o Espírito não recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades: elas se desenvolvem gradualmente, com os órgãos. Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos: as idéias lhe voltam pouco a pouco, como um homem que recorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes dormir.

O Espírito que deve animar um corpo existe, de qualquer maneira, fora dele. Propriamente falando, ele não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado à alma que deve possuir.

A vida intra-uterina é como a da planta que vegeta. A criança vive a vida animal e a vida vegetal, que se completa, ao nascer, com a vida espiritual.

Há crianças natimortas que jamais tiveram um Espírito destinado aos seus corpos: nada devia cumprir-se nelas. É somente pelos pais que essa criança nasce. Algumas vezes, esse ser, pode chegar ao tempo normal de nascimento, mas não viverá.

Toda criança que sobrevive necessariamente tem que possuir um Espírito. Que seria ela sem o Espírito? Não seria um ser humano.

Livro “MISSIONÁRIOS DA LUZ”
Cap. 13 - André Luiz

Nome dos personagens envolvidos neste capítulo:
Alexandre, André Luiz, Segismundo, Adelino, Raquel, Herculano e Joãozinho.

ALEXANDRE: — Segismundo, ajude-nos! Mantenha clareza de propósitos.

ALEXANDRE: — Agora sintonize conosco relativamente à forma pré-infantil. Mentalize sua volta ao refúgio maternal da carne terrestre! Lembre-se da organização fetal, faça-se pequenino! Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem.

André Luiz relata que essa operação não foi curta, nem simples e  que identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.

ALEXANDRE: — ...os processos de reencarnação, tanto quanto da morte física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais.

ALEXANDRE: — A reencarnação de Segismundo às diretrizes mais comuns. Traduz expressão simbólica da maioria dos fatos dessa natureza, porquanto o nosso irmão pertence à enorme classe média dos Espíritos que habitam a Crosta, nem altamente bons, nem conscientemente maus. Acresce notar, todavia, que a volta de certas entidades das regiões mais baixas ocasiona laboriosos e pacientes esforços dos trabalhadores de nosso plano. Semelhantes seres obrigam-nos a processos de serviço que você gastará ainda muito tempo para compreender.

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ABORTOS

Para o Espírito, as conseqüências do aborto são uma existência nula e a recomeçar.

O aborto provocado é um crime, qualquer  que seja a época de sua concepção, pois há uma transgressão a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre um crime ao tirar a vida da criança antes do nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.

No caso em que a vida da mãe estará em perigo pelo nascimento da criança, é preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe  (no caso a mãe).

E racional ter respeito pelos fetos, da mesma forma de uma criança que tivesse vivido, pois em tudo existe a vontade de Deus e a sua obra,  e não se deve tratar levianamente as coisas que se deve respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, que as vezes são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.  

RESUMO (SÍNTESE DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS, B. Godoy Paiva)

A união da alma ao corpo começa na concepção, mas só está completa na ocasião do nascimento na Terra. Até aí, o Espírito está ligado ao corpo por um laço fluídico, que cada vez mais vai se apertando, até o instante em que a criança vê a luz. Se o corpo que ele escolheu morre antes de se verificar o nascimento, o Espírito escolhe outro. Essas mortes prematuras, as mais das vezes, são conseqüentes de imperfeição da matéria.

No intervalo que medeia da concepção ao nascimento, o Espírito goza  das suas faculdades mais ou menos, conforme o ponto em que se encontre, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A vida intra-uterina é como a da planta, que vegeta. Isto posto, constitui crime a provocação de um aborto, porque se impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que estava se formando.

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ABORTO
Livro “VIDA E SEXO”, Cap. 17
Emmanuel

Falamos naturalmente acerca de relações internacionais, sociais, públicas, comerciais, clareando as obrigações que elas envolvem; no entanto, muito freqüentemente marginalizamos as relações sexuais — aquelas em que se fundamentam quase todas as estruturas da ação comunitária.

Esquece-se, habitualmente, de que o homem e a mulher, via de regra, experimentam instintivo horror à solidão e que, à vista disso, a comunhão sexual reclama segurança e duração para que se mostre assente nas garantias necessárias.

Impraticável, sem dúvida, impor a continuidade da ligação entre duas criaturas, a preço de violência; no entanto, à face das contingências e contratempos pelos quais o carro da união esponsalícia deve passar pelas estradas do mundo, as leis da vida, muito sabiamente, estabelecem nos filhos os elos da comunhão entre os cônjuges, atribuindo-lhes a função de fixadores da organização familiar; com a colaboração deles, os deveres do companheiro e da companheira, no campo da assistência recíproca, se revelam mais claramente perceptíveis e o lar ser alteia por escola de aperfeiçoamento e de evolução, em marcha para a aquisição de mais amplos valores do espírito, no Mundo Maior.

De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.

É pela conjunção social entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no Planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na face do orbe.

Fácil entender que é assim justamente que nós, os espíritos eternos, atendendo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor — do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.

Com semelhantes notas, objetivamos tão-só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.

Habitualmente — nunca sempre — somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo, com o apoio de arquitetos e técnicos distintos.

Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria.

Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje — e isto ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra — inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.

Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.

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