segunda-feira, 18 de junho de 2012

FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS


FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS
  Estudo com base in O Livro dos Espíritos, Livro Segundo, qq. de 361 à 366.
Obra codificada por Allan Kardec
(Outras obras citadas no texto)
Pesquisa: Elio Mollo


No homem, as suas qualidades morais, boas ou más, são do Espírito que estiver encarnado nele; quanto mais puro esse Espírito, mais o homem é propenso ao bem. Resulta daí que o homem de bem é a encarnação de um Espírito que já conquistou durante as outras encarnações boas qualidades, e o homem vicioso é a de um Espírito ainda imperfeito.

Os Espíritos brejeiros e levianos (alguns os chamam de duendes) quando encarnados normalmente são estouvados, espertalhões, e algumas vezes, malfazejos.

Os Espíritos não tem paixões estranhas a humanidade; se assim fosse, nós também a teríamos.

O Espírito que possui boas qualidades morais e é inteligente, quando encarnado, seguramente é o mesmo na razão do grau a que tenha chegado, pois, o homem não tem em si dois Espíritos.

Existem homens inteligentes, que parecem revelar que um Espírito superior está encarnado neles, mas que ao mesmo tempo são profundamente viciosos. É que o Espírito que encarna cada um desses homens, ainda não é suficientemente puro, e o homem cede à influência de outros Espíritos ainda piores. O Espírito progride numa marcha ascendente insensível, mas o progresso não se realiza simultaneamente em todos os sentidos; num período, ele pode avançar na ciência, num outro em moralidade.

Como já vimos, num homem está encarnado um único Espírito, portanto, não se deve acreditar que existem dois ou mais Espíritos encarnados num mesmo homem, isto é absurdo. O Espírito deve ter todas as aptidões. Para progredir, necessita de uma vontade única. Se o homem fosse um conjunto de Espíritos, essa vontade não existiria e ele não teria individualidade, pois na sua morte todos esses Espíritos seriam como um bando de pássaros escapando da gaiola. O Homem se queixa muitas vezes por não compreender algumas coisas, mas é curioso ver-se como ele multiplica as dificuldades, quando tem em mãos uma explicação muito simples e natural. Isso é ainda tomar o efeito pela causa: fazer com o homem o que os pagãos faziam com Deus. Eles acreditavam em tantos deuses quanto os fenômenos do Universo. Mas, mesmo entre eles, as pessoas sensatas não viam nesses fenômenos mais do que efeitos, tendo por causa um Deus único. 

NOTA DE ALLAN KARDEC: O mundo físico e o mundo moral nos oferecem, a respeito, numerosos pontos de comparação. Acreditou-se na multiplicidade da matéria, enquanto o exame se detinha na aparência dos fenômenos; hoje, compreende-se que esses fenômenos tão variados podem não ser mais do que modificações de uma matéria elementar e única. As diversas faculdades são manifestações de uma mesma causa que é a alma, como os diferentes sons do órgão são produtos de uma espécie de ar, e não de tantas espécies de ar quantos forem os sons. Desse sistema resultaria que, quando um homem perde ou adquire certas aptidões, certas tendências, isso significaria que outros tantos Espíritos o possuíram ou deixaram, o que o tornaria um ser múltiplo, sem individualidade, e conseqüentemente sem responsabilidade. Isto, além do mais, é contraditado pelos tão numerosos exemplos de manifestações em que os Espíritos provam sua personalidade e sua identidade.

*

RESUMO (SÍNTESE DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS, B. Godoy Paiva)

As qualidades morais, boas ou más, do homem, são as do Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais propenso ao bem é o homem. O homem vicioso é a encarnação de um Espírito imperfeito; por isso, o caráter dos indivíduos em que encarnam Espíritos desajuizados e levianos é, não raro, o de criaturas malfazejas. O Espírito sempre progride em insensível marcha ascendente, mas o progresso não se efetua simultaneamente em todos os sentidos. Durante um período de sua existência, ele se adianta em ciência; durante outro, em moralidade.

* * *

Nenhum comentário:

Postar um comentário