quinta-feira, 23 de maio de 2013

TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS


TEORIA DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS
Estudo com base em respostas dadas pelo Espírito São Luís na Revista Espírita (1) de maio / junho 1858 - Nº. 5 e 6, Teoria das manifestações físicas. (2)
Pesquisa: Elio Mollo
Em 23/05/2013


Para um Espírito poder aparecer com a solidez de um corpo vivo ele combina uma parte do fluido universal com o fluido que libera do médium, apropriado para esse efeito. Esse fluido, conforme a vontade do Espírito, reveste a forma que deseja, mas geralmente essa forma é impalpável.

A natureza desse fluido é semimaterial. É esse fluido que compõe o perispírito e faz a ligação do Espírito com a matéria, assim, o fluido universal é o elemento do fluido vital também chamado de fluido magnético, fluido elétrico, fluido nervoso, etc..

O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos, comum a todos os seres vivos, desde as plantas até os homens.

Esse princípio reside no fluído universal. E, é por meio desse fluido que o Espírito atua sobre a matéria. Sua união com a matéria causa a animalização, ou seja, é o que dá vida a matéria e tem por fonte o fluido vital, assim também, é esse fluido que anima os seres vivos.

O princípio vital é modificado segundo as espécies. É ele que dá movimento e atividade a matéria orgânica, distinguindo-a da matéria inerte, porquanto o movimento da matéria não é a vida. Esse movimento ela o recebe não o dá. (3)

Esse fluido não é uma emanação da Divindade, é uma criação Dela, pois, tudo foi criado, exceto Deus. 

Essa substância etérea envolve os mundos, pois, sem o princípio vital nada viveria. Se um homem se elevasse acima do fluido universal que rodeia os globos, pereceria, porque o princípio vital se retiraria dele para juntar-se à massa. (4)

Esse fluido tem o mesmo princípio em todos os mundos, mais ou menos etéreo, segundo a natureza deles.

Uma vez que é esse fluido que compõe o perispírito, ele parece estar numa espécie de estado de condensação que o aproxima, até um certo ponto, da matéria, porque não tem as suas propriedades, assim, ele é mais ou menos condensado segundo os mundos. Por exemplo, no planeta Terra, é um dos mais materiais.

Quando uma mesa girante (5) se move, o Espírito que a movimenta vai haurir, no fluido universal para animar essa mesa de uma vida artificial. Os Espíritos que produzem esses tipos de efeitos são sempre Espíritos inferiores, que ainda não estão inteiramente libertos de seu fluido ou perispírito. Estando a mesa assim preparada à sua vontade (à vontade dos Espíritos batedores), o Espírito a atrai e a coloca sob a influência do seu próprio fluido liberado pela sua vontade. Quando a massa que quer erguer ou mover é muito pesada para ele, chama em sua ajuda os Espíritos que estão na sua mesma condição.

Os Espíritos superiores têm a força moral como os inferiores têm a força física; quando eles têm necessidade dessa força, servem-se daqueles que a possuem, ou seja, dos Espíritos inferiores.

Essa força “especial” do médium de efeito físico depende da organização do seu corpo físico. Todos os homens tem em algum grau essa faculdade, mas nem todos possuem o grau suficiente para mover objetos.

Por causa de possuir essa condição na sua organização, algumas vezes o médium pode agir sozinho para produzir o fenômeno de efeito físico, mas, com mais frequência, é com a ajuda dos Espíritos evocados, assim, sendo fácil de reconhecer um do outro.

Quando os Espíritos aparecem com as vestes que tinham na Terra, frequentemente, elas têm somente a aparência, pois, ao serem tocadas nada se sente.

O princípio vital reside no fluido universal, assim, o Espírito haure nesse fluido o envoltório semimaterial que constitui seu perispírito, e é por meio desse fluido que ele age sobre a matéria inerte, como já dissemos acima, ele anima a matéria com uma espécie de vida factícia, assim, a matéria se anima da vida animal. A mesa que se move obedece por si mesma o ser inteligente. O Espirito não dirige uma mesa como o homem faz com um fardo, desse modo, quando a mesa se ergue, não é o Espírito que a ergue, é a mesa animada pelo fluido vital que obedece ao Espírito inteligente.

O fluido universal não é a fonte da vida nem a fonte da inteligência, ele anima tão somente a matéria.

NOTAS

(1) Jornal de Estudos Psicológicos Publicada sob a Direção de Allan Kardec.

(2) Ver Allan Kardec , Revista Espírita:

(3) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, livro primeiro, As Causas Primárias, cap. IV, Princípio Vital, itens de 60 à 67.

(4) Quando os seres orgânicos morrem sua matéria se decompõem indo formar outros organismos. o princípio vital retorna a massa de onde saiu. (Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, livro primeiro, As Causas Primárias, cap. IV, Princípio Vital, itens de 60 à 67.)

(5) Quando, pois, um objeto é movido, erguido ou atirado no ar, o Espírito não o pegou, não o ergueu nem o atirou como nós o fazemos com as mãos. Ele o saturou, por assim dizer, como o seu fluido, combinado com o do médium. O objeto, assim momentaneamente vivificado, age como um ser vivo, com a diferença de não ter vontade própria e obedecer ao impulso da vontade do Espírito.

Assim, o fluido vital, dirigido pelo Espírito, dá uma vida artificial e momentânea aos corpos inertes. Sendo o perispírito formado por esse fluido, segue-se que o Espírito encarnado, por meio do seu perispírito, é quem dá vida ao corpo, mantendo-se unido a ele enquanto o organismo o permite. Quando ele se retira, o corpo morre. Então, se em lugar de uma mesa fizéssemos uma estátua de madeira, teríamos, sob a ação mediúnica, uma estátua que se moveria e daria pancadas, respondendo às nossas perguntas. Numa palavra: teríamos uma estátua animada por uma vida artificial. E como se diz mesas falantes, também se poderia dizer estátuas falantes. Quanta luz lança esta teoria sobre uma infinidade de fenômenos até agora inexplicáveis! Quantas alegorias e efeitos misteriosos vem explicar!

Ver Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 2ª. parte, cap. IV, item 77.

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