sexta-feira, 21 de setembro de 2012

AÇÃO DOS ESPÍRITOS NOS FENÔMENOS DA NATUREZA


AÇÃO DOS ESPÍRITOS
NOS FENÔMENOS DA NATUREZA
Estudo com base in O LIVRO DOS ESPÍRITOS, livro II, cap. IX, qq. 536 a 540
obra codificada por Allan Kardec
Pesquisa: Elio Mollo


Hermes Trismegisto já ensinava, no antigo Egito, que:
 
“a pedra se converte em planta;
a planta em animal;
o animal em homem, em Espírito;
o Espírito em Deus.”

Ensinamento hinduísta, que remonta a milhares de anos, oferece esta versão poética da evolução: 
 
"a alma dorme na pedra, (1)
sonha no vegetal,
se agita no animal
e desperta no homem."

Nesse diapasão, mas com alguma diferença, grifa Leon Denis: 
 
“Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente.”

PERISPÍRITO – 2ª.  Edição Revista e Ampliada – Zalmino Zimmermann
O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR – 18a. edição, página 123 - Léon V. Denis (1846-1927)

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Os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos não são devidos a causas fortuitas, pois tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus. Às vezes esses fenômenos têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos, entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da Natureza.  A vontade de Deus é a causa primária, nisto como em tudo, porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, alguns deles exercem certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos. (LE 536)

A mitologia dos antigos se fundava inteiramente em ideias espíritas, com a única diferença de que consideravam os Espíritos como divindades. Representavam esses deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc. Semelhante crença é totalmente destituída de fundamento, pois que ainda está muito aquém da verdade. Os Espíritos que presidem aos fenômenos geológicos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que teremos a explicação de todos esses fenômenos e os compreenderemos melhor. (LE 537)

Os Espíritos que presidem aos fenômenos da Natureza foram ou serão Espíritos encarnados como nós. A categoria que pertencem esses Espíritos está conforme a hierarquia espírita, seja mais ou menos material, mais ou menos inteligente, ou seja, desempenhem o seu papel conforme a sua elevação. Uns mandam, outros executam. Os que executam coisas materiais são sempre de ordem inferior, assim entre os Espíritos, como entre os homens. (LE 538)

A produção de certos fenômenos, como por exemplo, os das tempestades, não é obra de um só Espírito, pois nesses casos eles se reúnem-se em massas inumeráveis para poderem produzi-los. (LE 539)

Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da Natureza, alguns operam com conhecimento de causa, outros não. Para compreender melhor, podemos comparar com essas miríades de animais que, pouco a pouco, fazem emergir do mar ilhas e arquipélagos, tudo obedecendo um fim providencial, transformando a superfície do globo numa necessária harmonia geral. Entretanto, são animais de ínfima ordem que executam essas obras, provendo às suas necessidades e sem suspeitarem de que são instrumentos de Deus, é assim desse modo, que os Espíritos mais atrasados oferecem utilidade ao conjunto.

Enquanto se
ensaiam para a vida, antes que tenham plena consciência de seus atos e estejam no gozo pleno do livre-arbítrio, atuam em certos fenômenos, de que inconscientemente se constituem os agentes. Primeiramente, executam. Mais tarde, quando suas inteligências já houverem alcançado um certo desenvolvimento, ordenarão e dirigirão as coisas do mundo material. Depois, poderão dirigir as do mundo moral. É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia, que ainda o nosso acanhado espírito não pode entender em seu conjunto! (LE 540)

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